As instalações elétricas em regiões portuárias no Brasil apresentam particularidades que permitiram conhecimento técnico específico, uma vez que estão expostas a condições ambientais adversas, como umidade, resistência, vibração e interferência eletromagnética. Além disso, são mantidos a demandas elétricas de grande porte, como as necessidades energéticas dos navios e dos equipamentos de carga e descarga. Nesse contexto, a contratação de um projeto elétrico adequado é fundamental para garantir a segurança, a eficiência e a confiabilidade dessas instalações.

Tais projetos exigem o domínio completo das normas, atenção aos pré-requisitos do cliente, conhecimento do tipo de produto que circulará na área e conhecimento dos equipamentos que serão utilizados. Examinemos alguns destes itens de forma mais minuciosa.

Principais normas utilizadas

Para elaborar um projeto elétrico para instalações portuárias é necessário seguir as normas técnicas brasileiras e internacionais. No Brasil, as principais normas são: NBR 5410:2004 Versão corrigida 2008 para as instalações de baixa tensão, a NBR 14039:2021 para as instalações de média tensão, a NBR 5419:2015 (Proteção contra descargas atmosféricas – 4 módulos) a NBR ISO CIE 8995:2013 (iluminação) / NHO 11 de 2018 (Iluminação – Fundacentro), NR 10, norma regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego, que estabelece requisitos mínimos para a segurança e a saúde dos trabalhadores que interagem com instalações e serviços elétricos, e claro, as normas da distribuidora de energia local.

Apesar de não serem normas diretamente aplicadas as instalações elétricas, devemos também lembrar das diversas normas relativas ao sistema preventivo contra incêndios (ex.: NBR 17240:2010 (Detecção e alarme de incêndio), NBR 10898:2023 (Sistema de iluminação de emergência).

Muitas outras normas são (e devem ser consultadas para as diversas áreas a serem projetadas, conforme necessidades específicas.

Pré-requisitos do cliente

Cada operador portuário possui suas próprias diretrizes e normas. Devemos entender qual o tipo de operação na área, quais equipamentos devem ser alimentados e quais os pré-requisitos energéticos para atendimento.

Tipo de produto na área

O tipo de produto que circula na área impacta fortemente na topologia das instalações elétricas. Cada operador portuário trabalha com um leque normalmente pré-definido de produtos, os quais devemos ter conhecimento.

Vejamos abaixo alguns exemplos de produtos:

• Movimentação de containers fechados e cargas não combustíveis;

• Infraestrutura metálica, própria para uso ao tempo e resistente a névoa salina;

• Terminais graneleiros com carga aberta;

• Terminais com movimentação de minérios e cimentícios com carga aberta;

• Terminais com movimentação de fertilizantes com carga aberta;

Outra questão que merece atenção é a manutenção preventiva das instalações elétricas, que deve ser realizada periodicamente para garantir a integridade e segurança dos equipamentos. É importante que o projeto veja um plano de manutenção, com intervalos definidos, que incluem inspeções visuais e testes de funcionamento dos dispositivos e equipamentos elétricos.

Por fim, é importante destacar que a contratação de um projeto elétrico adequado para instalações elétricas em regiões portuárias é a garantia da segurança das pessoas, a proteção do meio ambiente e o pleno funcionamento das atividades portuárias, pois um projeto elétrico mal dimensionado ou inadequado pode resultar em falhas no sistema elétrico, curto-circuito, incêndios, explosões e outros acidentes graves, além de perdas de produtividade e financeiros.

Para isso, é necessário contar com profissionais qualificados e experientes, que tenham amplo conhecimento das normas técnicas e regulamentações completas, bem como das particularidades das regiões portuárias. A P3 Possui um time com alta qualidade técnica e diversos projetos realizados em regiões portuárias de todo Brasil.

Texto escrito por Rodrigo de Sousa – Diretor de Projetos