PEE: O que é, como funciona e como as indústrias podem se beneficiar

As indústrias podem se beneficiar dos recursos do PEE (Programa de Eficiência Energética) da ANEEL para reduzir custos e aumentar a produtividade. Neste artigo, explicamos como funciona o PEE e como as indústrias podem captar recursos para implementar projetos de eficiência energética.

As concessionárias de energia elétrica do Brasil devem investir 0,5% de sua receita operacional líquida em projetos de eficiência energética. Logo, algumas destas concessionárias destinam parte desses recursos para o PEE ANEEL.

PEE: Programa de Eficiência Energética da ANEEL

O PEE tem como principal objetivo incentivar medidas que promovam a eficiência energética e o combate ao desperdício de energia elétrica, sejam elas por meio de implementação de ações de substituição de equipamentos ineficientes, automação de processos, mudanças na abordagem de processos que gerem economia e por aí em diante.

As etapas envolvidas no projeto são:

  • Diagnóstico energético
  • Submissão na Chamada Pública
  • Avaliação das propostas
  • Assinatura do convênio ou contrato
  • Medições iniciais
  • Implementação das ações
  • Fiscalização concessionária
  • Repasse financeiro
  • Medições finais
  • Relatório final

A concessionária de energia elétrica reembolsa, por meio de um contrato de desempenho, o cliente por uma parcela das ações do projeto que não são realizadas a fundo perdido. O valor da parcela é muito próximo ao valor da energia economizada.

Ações a fundo perdido:

  • Elaboração do Diagnóstico Energético;
  • Marketing (folder, adesivos e vídeo técnico).

Ações através de contrato de desempenho:

  • Medição e Verificação inicial;
  • Aquisição dos Materiais;
  • Mão de obra para troca e instalação dos equipamentos;
  • Descarte dos materiais;
  • Medição e Verificação final;
  • Treinamento e Capacitação.

O projeto pode ter foco em uma ou em várias ações de eficiência energética, tais como:

  • Sistemas de iluminação;
  • Aquecimento solar de Água;
  • Condicionamento ambiental;
  • Sistemas motrizes (motobombas, compressores, sistemas de exaustão, chillers, etc);
  • Sistemas de refrigeração;
  • Fontes incentivadas (sistema fotovoltaico), contudo, apenas para clientes que não estejam no Ambiente de Contratação Livre – ACL e que já tenham implementado todas as outras ações de eficiência ou implementem juntamente com o projeto apresentado;
  • Outros sistemas elétricos.

Depois de identificar as oportunidades de eficiência energética, é realizado um pré-diagnóstico para estimar as economias possíveis, onde são planilhadas essas oportunidades com as estimativas de economia, nas etapas finais desse estudo é utilizada uma planilha RCB para calcular o custo-benefício do projeto que possui alguns índices a serem atendidos.

A concessionária de energia elétrica, eventualmente, pode propor ao cliente uma contrapartida financeira, com o objetivo de melhorar o índice do projeto. Essa contrapartida é um valor a ser pago pelo cliente que não entra no contrato de desempenho. Conforme a evolução das atividades, esse valor será o primeiro recurso a ser utilizado na execução do projeto. O cliente só precisa pagar a contrapartida financeira proposta se o projeto for aprovado.

Em um resumo simplificado, o fluxo do projeto ocorre da seguinte forma:

  1. O cliente executa o projeto e faz os pagamentos aos respectivos fornecedores.
  2. À medida que recebe as notas fiscais e conclui o serviço, o cliente solicita o reembolso para a Celesc.
  3. A Celesc realiza a fiscalização da etapa e realiza o repasse ao cliente.
  4. Ao final do projeto, a Celesc terá reembolsado o cliente de todos os valores da execução, com exceção do valor que pode ter sido necessário dar como contrapartida para melhorar o índice do projeto.
  5. A partir da conclusão da execução de todo o projeto, o cliente começa a devolver o valor para a Celesc através de parcelas.

A quantidade de parcelas dependerá do valor total e da economia mensal do projeto.

O pagamento da parte reembolsável aplicada pela CELESC não terá cobrança de juros, apenas correção monetária. A parcela será reajustada mensalmente, pela variação positiva do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

P3 Engenharia Elétrica: a empresa que mais aprovou projetos de eficiência energética no âmbito do PEE Celesc

A P3 foi a empresa que mais aprovou projetos de eficiência energética no âmbito do PEE Celesc, sendo mais de 21 milhões em recursos aprovados apenas em Santa Catarina.

A P3 pode auxiliar as indústrias na captação de recursos do PEE e na execução de projetos de eficiência energética. A empresa possui uma equipe experiente e qualificada que pode ajudar as indústrias a identificar oportunidades de eficiência energética, elaborar projetos e obter aprovação do PEE. Entre em contato conosco e saiba mais!

Texto escrito por Ricardo Gonçalves de Souza – Diretor de Engenharia.


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