Este tema embora muito importante, carece de total compreensão entre o público em geral, acadêmicos, clientes e mesmo no meio técnico.

De certo modo, padronizou-se que os painéis devam possuir grau de proteção elevado como IP-54, IP-55, porém, nem sempre isto é possível de se obter.

Desta forma, além da importância da escolha do grau de proteção adequado, em relação ao local de utilização do painel elétrico, existem outras questões que também devem ser verificadas, como a troca de calor necessária, e os equipamentos instalados nas portas e tampas, como manoplas rotativas, conjuntos de ventilação, venezianas, botões de comando, multimedidores, controladores, IHMs, etc…, ou seja, não significa que devido a escolha de um invólucro com IP-55, que o conjunto montado tenha este valor de grau de proteção.

Por exemplo, na prática, considerando-se todas as furações necessárias de serem realizadas, pode ser que o invólucro IP-55, propicie que se obtenha um painel IP-42. Outrossim, caso o painel não seja para uso abrigado, e sim para uso ao tempo, outras características adicionais devem ser adotadas pelo projetista do painel, como:

Instalação de um telhado

É necessário para evitar que a água se deposite na face superior da porta, e adentre ao painel quando a mesma for aberta. Dependendo do grau de proteção escolhido, a água não pode adentrar no painel, porém, isto não impede que a mesma se deposite acima da porta. Para resolver isto, adiciona-se um telhado ao painel.

Realização de pequenos furos, na face inferior da porta

Caso a porta possua mais de uma dobra na sua estrutura, então a água poderá acumular-se neste local. Embora a água não adentre no painel, para evitar o surgimento de ferrugem, realiza-se 2 ou 3 pequenos furos na face inferior da porta, para o escoamento da água. De modo similar, isto é feito também nas portas dos automóveis.

Vedação

Em alguns locais do painel, como por exemplo na junção telhado x painel, é necessário a aplicação de silicone PU, para sanar possíveis infiltrações de água.

Pintura

O tipo de tinta utilizada, independentemente de ser líquida ou a pó, deve possuir características de proteção, quantidade de demãos e camada de espessura, adequados para a não degradação da pintura, perante a exposição do painel aos raios solares.

Porta interna e externa

Em painéis de uso ao tempo, para evitar a degradação do grau de proteção do painel, devido a necessidade da realização de furos para a instalação de equipamentos na porta, porventura são utilizadas duas portas, uma interna com as furações e outra externa, sem furação.

Base do painel

Caso o painel para uso ao tempo seja autoportante, a base do mesmo deve ser em aço galvanizado a fogo, para evitar a ferrugem devido a umidade do piso.

Parafusos em aço inox

Para painéis para instalação ao tempo, e próximo do mar, os parafusos externos devem ser em aço inox.

Calefatores

Em painéis de uso ao tempo, e instalados em locais de elevada umidade do ar, é necessário a instalação de calefatores, para evitar a condensação de água no seu interior.

Utilização de coifas

Para a troca de calor, em painéis de uso ao tempo, como não é possível instalar-se externamente no painel os conjuntos de ventilação e grelhas, são utilizadas coifas, fabricadas em chapa metálica, permitindo-se assim a troca térmica com o meio externo.

Se você quer saber mais sobre como a P3 Engenharia Elétrica pode te ajudar a elaborar e executar projetos elétricos bem estruturados e em conformidade com todas as normas técnicas, entre em contato conosco e conheça os nossos serviços.

Somos especialistas no desenvolvimento de projetos elétricos industriais para diversos segmentos.

Texto escrito por Luis Antônio Bragança dos Santos – Gestor de Painéis